Liberdade Dói, Mas Cura !
- Daniela Cracel
- 8 de mai.
- 1 min de leitura
LIBERDADE DÓI, MAS CURA
Texto original Borbolete-se
Por Daniela Cracel

Ela percebeu primeiro no corpo.
O peso nas costas que não era físico.
O choro que escorria no banho.
A voz que ela mesma foi diminuindo ao longo dos anos.
Não foi de repente — foi aos poucos.
Como tudo que silencia a alma.
A tal da liberdade, essa palavra bonita que tantos postam, mas poucas sentem na pele,
não chega com festa.
Ela vem como rompimento.
Ela machuca.
Porque a primeira coisa que ela destrói são as mentiras que a gente aprendeu a chamar de amor.
Liberdade dói quando ela exige que você se veja.
Sem disfarces.
Sem máscaras.
Sem as desculpas que sempre usou para justificar o que te prendia.
Dói porque te coloca frente a frente com sua própria força.
E com todos os medos que fizeram você evitá-la até agora.
Mas cura.
Cura quando você escolhe sair do automático.
Quando reconhece o que não serve mais.
Quando aprende a se dizer sim,
mesmo que o mundo inteiro diga não.
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Liberdade é um processo.
Primeiro você percebe a prisão.
Depois, sente o aperto de tentar sair.
Chora. Recua. Avança.
E um dia…
respira mais fundo.
Porque finalmente começou a viver por você.
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Liberdade não é fugir.
É voltar.
Para casa.
Para o corpo.
Para você.
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Se esse texto te atravessou, compartilhe. Talvez alguém ao seu lado esteja precisando lembrar que também pode voar.
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