Porque tudo começa na Infância?
- Daniela Cracel
- 16 de abr.
- 2 min de leitura
Por que tudo começa na infância?
Por Daniela Cracel

Porque é ali que a alma começa a registrar o mundo.
É na infância que a gente aprende o que é amar — e também o que é ser ignorado.
É ali que se molda o “quem sou eu?” que nos acompanha, mesmo depois que crescemos.
A infância é um solo sensível, fértil e silencioso.
Tudo o que é dito, mesmo sem intenção, ecoa no coração da criança como uma verdade.
O tom da sua voz vira trilha da memória.
O seu olhar vira espelho da autoestima.
E é por isso que, como psicólogos, dizemos que tudo começa na infância.
Porque é lá que surgem muitas feridas adultas — e também a chance de preveni-las.
Agora, reflita com carinho:
Se você disser ao seu filho:
“Você faz tudo errado!”, ele vai crescer com medo de tentar.
Se você disser:
“Tirou nota boa? Não fez mais que sua obrigação...”, ele vai acreditar que nunca é o bastante.
Se você mostrar os erros do seu filho na frente dele e dos outros,
ele vai aprender a ter vergonha de ser quem é.
Se você disser:
“Calma, estou em algo importante!” (enquanto olha para o celular ou foca no trabalho),
ele vai acreditar que o que sente não importa.
Se você fingir que não escutou,
ele vai aprender a silenciar o próprio choro.
E o que isso gera?
Filhos que crescem desconectados de si mesmos.
Adultos que vivem buscando aprovação.
Pessoas que não sabem nomear o que sentem — e, muitas vezes, se perdem em relações adoecidas.
Mas isso não é sobre culpa. É sobre consciência.
É sobre escolher plantar sementes diferentes.
A boa notícia é que nunca é tarde para mudar o tom da sua presença.
Você pode olhar nos olhos do seu filho hoje e dizer:
“Eu te vejo. Me conta de novo o que você sentiu.”
Você pode dizer:
“Eu errei. E estou aprendendo também.”
Você pode fazer diferente.
E isso já é começar um novo ciclo.
Vamos fazer diferente?
Se fomos ensinadas a repetir padrões,
hoje escolhemos despertar.
Comece agora:
Escute seu filho com o coração.
Repare no que você diz — e como diz.
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Crianças inteiras. Adultos mais livres.
O mundo pode ser outro — e começa com um gesto.
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