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Não é drama. É o sistema nervoso em alerta: como a ansiedade interfere nos relacionamentos afetivos .

  • Foto do escritor: Daniela Cracel
    Daniela Cracel
  • 6 de ago.
  • 2 min de leitura

🧠 Não é drama. É o sistema nervoso em alerta: como a ansiedade interfere nos relacionamentos afetivos


Por Daniela Cracel – psicóloga, neuropsicóloga e criadora do método Borbolete-se


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Ela tenta não demonstrar.Tenta respirar fundo, contar até dez.Evita escrever aquela mensagem impulsiva, tenta se convencer de que “está tudo bem”.

Mas o coração dispara.


A ansiedade em contextos afetivos não é frescura nem exagero. É uma resposta do sistema nervoso diante de vínculos que ativam medos antigos. Para quem cresceu em ambientes instáveis — emocionalmente, fisicamente ou afetivamente —, o simples “sumiço” de alguém importante pode acionar um verdadeiro estado de alerta no corpo.

Esse estado é chamado de hiperativação do sistema de apego, e tem explicações profundas na neuropsicologia.


📌 Apego ansioso: quando amar é estar em constante vigília


Estudos apontam que o estilo de apego ansioso é marcado por uma intensa necessidade de validação, medo de abandono e leitura hipersensível dos sinais do outro. Na prática, isso se traduz em perguntas como:


  • “Por que ele não respondeu ainda?”

  • “Será que fiz algo errado?”

  • “Ele está estranho ou sou eu que estou exagerando?”


Essas reações emocionais não são simples inseguranças: elas nascem de circuitos neuronais que foram treinados na infância a perceber o amor como instável ou condicional. O cérebro, programado para antecipar a dor, se antecipa ao abandono — mesmo que ele não exista.


🧬 Neurociência do afeto: o corpo também ama (e teme)


No sistema nervoso, a amígdala cerebral — região ligada ao medo e à resposta de luta ou fuga — se ativa com muita facilidade em pessoas com histórico de vínculos inseguros. Isso faz com que, em momentos de silêncio ou ausência do parceiro, o corpo reaja como se estivesse diante de um risco real

.

É por isso que frases como “você está exagerando” ou “é só esperar” não ajudam. Pelo contrário: elas invalidam e aprofundam o ciclo de autossabotagem e vergonha.


🦋 Caminhos de cura: acolher a ansiedade para libertar o amor


Ao contrário do que muitos pensam, amar com paz é um aprendizado — não um talento nato.E a boa notícia é que, com acolhimento terapêutico, educação emocional e estratégias de regulação do sistema nervoso, é possível reescrever a forma como o cérebro responde ao afeto.


No método Borbolete-se, acolhemos não só a história, mas o corpo, os traços emocionais e os padrões inconscientes que se repetem. Porque o amor não precisa doer para ser verdadeiro. E o cuidado começa por dentro.


✨ Quando a ansiedade falar mais alto, escute com gentileza.


Talvez seja só o seu corpo tentando proteger…de um abandono que já passou —mas que ainda mora na sua memória afetiva.


 
 
 

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