A culpa feminina disfarçada de gentileza.
- Daniela Cracel
- 6 de out.
- 2 min de leitura
Coluna Borbolete-se com Daniela Cracel

"Respostas que abraçam o que palavras não dizem"Edição #1 – Maio
Pergunta anônima enviada por uma leitora:"Dani, por que sinto que, mesmo amando, estou me perdendo nesse relacionamento? Eu me anulo sem perceber. O amor não era pra ser cura?"
Resposta com a Psicóloga:
Às vezes, o amor vira um espelho torto.A gente entra inteira e, aos poucos, vai se ajustando.Primeiro, mudamos o tom da voz.Depois, engolimos o riso.Por fim, começamos a nos esquecer.
Não, amor não deveria doer.Mas a verdade é que muitas mulheres amam desde a falta.Amam esperando ser vistas, escolhidas, salvas.E aí, confundem entrega com submissão.Confundem cuidado com controle.Confundem presença com dependência.
Você não está errada por amar.Mas talvez esteja se colocando no lugar errado da história.
Quando o amor exige que você desapareça para dar certo, ele não é amor.É prisão com perfume doce.É afeto com grade disfarçada.É amor do outro — mas abandono de si.
O primeiro passo para se reencontrar não é sair do relacionamento.É voltar para dentro de você.E se perguntar:– O que eu perdi de mim tentando manter esse nós?
Você pode amar e ainda assim se escolher.Pode querer o outro, mas se querer primeiro.Porque o amor que cura é aquele onde você não precisa se apagar para caber.
No Borbolete-se, a gente reaprende a amar com os dois pés dentro de si. Com asas, e não com correntes. Com presença, e não com medo.
Com carinho e verdade,Daniela CracelPsicóloga & criadora do método Borbolete-se
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